quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Em Classifi_Clados.

- Divido casa/alugo quarto - ondina/são lazaro perto da ufba contato: 8717-1634 (Adriano Alves)
- Massagem Terapeutica - Yoga-Ayurvedica tradicional. Adriano Alves de Oliveira. Formação com Ma Bodhigita
Contato: 8717-1634
- Aulas de inglês – Andy, professor de Nova York, com método específico para brasileiros e focado na comunicação. Aulas individuais ou em grupos. Tenho referências no IBio/UFBA. Contato: adrocca@gmail.com/8166-2950
- Cia de Teatro Ciranda de Algodão – Grupo infantil para animação de festas. Artes circenses, histórias interativas e muita alegria. Temos referências no IBio/UFBA. Contatos: Daniel: 8876-2609
- Livro - Biologia Molecular da Célula - ALBERTS, B. 4ed. Acompanha CD interativo. R$185. Thaís "Kuén". Tels: 3235-1962/9904-1058
- Livro - Biologia Molecular da Célula - ALBERTS, B. 4ed. Bom estado de conservação. R$ 250.
Denise Aguiar. Tels: 3311-2020/8776-1587

Pequena Pensagem

Dos amores que tive,
pouco digo, muito lembro
sem saudosismo, vejo lá um pedaço de mim.
Dos amores que lembro,
poucos tive.
Mas só de dizer, já fico assim…;
de sco nce rtad o.
Cássio Pinchemel

Sujeito

O ego é maculado,
quando se infla,
Fica distante.
Desumaniza.
O Eco é recortado.
Se, emitido ,
num bate e volta,
se eterniza.
Eco, esquecida
por Narciso,
em seu reflexo,
é repetida.
O feto, Gotas de amanhã,
num piscar de olhos,
se humaniza.
Inaê Sodré

Forró no IBIO

O Instituto de Biologia recebe, aos sábados das 14:30 às 16:30, o grupo de dança ForroZeando, que traz consigo o estilo forró universitário. O grupo integra, hoje, cerca de 70 alunos da UFBA e de outras instituições, na maioria, com idade entre 18 e 25 anos. “A oportunidade de fazer uma boa aula de forró, a um custo relativamente baixo, propiciada pela universidade, é muito boa” diz Rafael Blanco, integrante da ForroZeando há 11 meses. As aulas são coordenadas por Helber Crisnan, estudante de Biologia. “Hoje, já fazem 8 anos de ForroZeando na cidade e 2 anos aqui no IBIO” disse Helber em entrevista ao TREVO. Nestes dois anos, o grupo já participou das edições de 2007 e 2008 da SEMBIO com oficinas de dança de forró.
O forró universitário distinguiu-se do forró tradicional (pé-de-serra), pois o novo estilo envolveu outros instrumentos musicais, além de introduzir características próprias ao passo básico e em variações como os giros e elementos de outras danças, como salsa e samba. Devido a estas misturas, existe polêmica sobre o que caracterizaria exatamente mas para Helber, “tudo isso faz parte da história popular do cancioneiro brasileiro, faz parte da cultura do forró que hoje conhecemos, faz parte da cultura brasileira”.

Nome: Adam Luis Minho Molinari



Idade: 24 Ano de Conclusão: 2008
Atividade atual: consultor ambiental e de biotecnologia
Vínculo: pesquisador bolsista do CNPq na UFBA e consultor autônomo.
Atuação anterior: analista tecnológico no SENAI (3 meses) – biomonitoramento – análise de fitoplancton em rios no estado da Bahia

O que levou a atuar nessas áreas?:
- Me interessei pela área pela amplitude das ações que contemplam muitos dos conhecimentos da formação de biólogo, desde o conhecimento dos organismos até a legislação ambiental, passando pela genética, evolução, etc.
Em que momento esse interesse apareceu?
- Ainda durante o curso, atuei em projetos de biomonitoramento, inicialmente apenas usando a ferramenta da estatística. Eu analisava dados sem conhecer os organismos e isso me instigou a participar também nos trabalho de campo. Esse contato direto foi uma maneira de desvendar o mundo misterioso que foi se descobrindo.
O quanto a estatística é útil no seu trabalho? E o quanto é importante na formação do biólogo, de modo geral?
Pode-se dizer que ela é a base de um bom trabalho. Hoje não exercito nenhum trabalho sem um planejamento estatístico prévio, seja em biomonitoramento ou em biotecnologia. E, de certa forma, também facilita o entendimento que se terá do próprio trabalho. A estatística é útil de todos os campos da Biologia, principalmente se envolvem análise de grande número de variáveis.
Para estudantes com interesse em atuar na área de consultoria, o que é necessário?
Há a necessidade de alguma especialização e se tornar conhecido entre os profissionais da área. É preciso estabelecer contatos. É importante lembrar que para atuar é necessário fazer a inscrição no CRBio.
A que tipo de especialização você se refere?
Falo da experiência prática adquirida, mesmo durante a graduação. É possível também buscar alguma especialização formal. Existem cursos de especialização lato ou stricto senso como o curso de auditor ambiental e de certificação ISO. Ou ainda, cursos em áreas mais aplicadas como estatística, curso de amostragem, identificação de organismos, georreferenciamento, direito ambiental. Dependendo do tipo de consultoria realizada, cursos com desses campos são os mais procurados.
Na Bahia existem esses cursos?
Existem cursos de direito ambiental, georrefenciamento e amostragem (para alguns casos aplicados). Em estatística e identificação de organismos não existem cursos que atendam essa especialização específica.
Que outros conselhos você daria aos estudantes com interesse nessas áreas?
Procure ser o melhor no que você faz e procure ser humilde para aprender com as críticas.

Em Olhando pra o IBIO.

Esse é o Olhando Para o IBIO, um espaço livre para divulgação do que vem sendo produzido cientificamente no Instituto de Biologia da UFBA. Essa edição traz como entrevistado o Profº Dr. Marcelo Napoli atual Coordenador do Museu de Zoologia da Universidade Federal da Bahia (MZUFBA) e Curador Senior da Coleção de Vertebrados do MZUFBA. O Museu de Zoologia, tem sua origem na antiga “Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras”, criada em 1943, com a incorporação da Coleção de borboletas do Dr. Pedro de Araújo ao ponto que hoje conta com 7 coleções de vertebrados e outras 15 de invertebrados (aquáticos e terrestres). A estrutura administrativa do MZUFBA é composta por: um Coordenador (Prfº. Dr. Marcelo Napoli), três Curadores Seniores (Curador Sênior da Coleção de Invertebrados Terrestres – Profº. Dr. Luiz Augusto Mazzarolo; Curador Sênior da Coleção de Invertebrados Aquáticos – Prfª. Dr.Carla Maria Menegola; Curador Sênior da Coleção de Vertebrados – Profº. Dr. Marcelo Napoli ), e outros diversos Curadores Associados. Segundo o entrevistado, a presença de uma grande quantidade de Curadores é eficaz na preservação das coleções, evitando que os processos burocráticos de troca de curadoria por exemplo, deixem as coleções momentaneamente sem um responsável legal. Responsabilidade essa legada aos Curadores que no mínimo devem manter as coleções no estado em que encontraram. Para assumir o cargo de Curador o pesquisador deve por vontade própria se candidatar ao cargo ou a ser indicado. Está demanda constará em ATA das Reuniões de Congregação onde se decidirá sobre a nomeação do novo Curador.
Todos os laboratórios que são coordenados pelos diversos Curadores estão associados ao Museu. As coleções ainda contam, cada uma, com a ajuda de dois Auxiliares de Curadoria, ao modo que se o Museu possuir 20 coleções, 40 alunos estarão trabalhando como Auxiliares de Curadoria.
Está sendo criado o Sistema de Museus da Universidade Federal da Bahia, que tem como objetivo principal a regularização da existência de museus na UFBA junto ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e de Arte Nacional). Com a instituição desse sistema a UFBA pretende realizar a fusão entre o Herbário João Alexandre e o Museu de Zoologia da UFBA criando o Museu de História Natural da Universidade Federal da Bahia, que seria localizado no andar térreo do Instituto de Biologia facilitando o acesso e manejo dos acervos. Através dessa iniciativa o MZUFBA poderá colocar em prática diversos projetos de educação ambiental como a implementação de uma exposição permanente no Instituto de Biologia e a criação de exposições itinerantes expandindo para fora da universidade a área de atuação do museu. Além desses projetos a equipe do museu está trabalhando na criação do Museu de Zoologia Virtual.
Para maiores informações acesse o site o www.mzufba.ufba.br.
Daniel Campos

PREMA no IBIO


Depois da celebração do início do semestre, com a Aula Magna da Senadora Marina Silva, ocorrida no dia 10 de agosto, na antiga Faculdade de Medicina da UFBA, foi apresentado à comunidade acadêmica o Programa de Recuperação e Manejo Ambiental (PREMA). Trata-se de um desdobramento normativo e administrativo essencial ao Plano Diretor de Patrimônio Físico e Ambiental da UFBA, envolvendo um conjunto de construções e reformas, financiadas pelo programa REUNI. O PREMA foi elaborado com base no estudo realizado por alunos de Biologia sob a coordenação do Prof. Ronan Caires, durante o curso da sua disciplina.
Sexta-feira, dia 11 de setembro, o Salão Nobre do Instituto de Biologia recebeu o Seminário de Manejo do Campus.
Na ocasião, estavam presentes personalidades envolvidas no assunto. Dentre elas, o Reitor Naomar Almeida Filho e o Diretor da Coordenação de Segurança e Meio Ambiente da UFBA (COSEMA), Pedro Rui Barbosa. O evento foi iniciado com a apresentação do estudo preliminar de avaliação que subsidiou a formulação do PREMA, pelo Prof. Ronan. O estudo contém um levantamento da fauna e flora de locais naturais e antropizados, análise geomorfológica e hidrológica, além da categorização dos elementos vegetais. Ronan destacou a importância da integração das áreas fragmentadas através da recuperação de potenciais corredores ecológicos. O estudo foi desenvolvido a partir da concessão de documentos, pela reitoria, elaborados anteriormente e entregue a mesma como ato de agradecimento, para ser usado num momento oportuno. E foi...
Ainda pela manhã, Pedro Rui, apresentou o PREMA. Na ocasião, convidou o Reitor Naomar a fazer um breve discurso acerca do assunto. O Reitor destacou a diferença entre o espaço antigo e o atual, enfatizando o Memorial da Mata Atlântica; e ainda esclareceu que o processo de recuperação e planejamento ambiental seria realizado em conjunto com a comunidade acadêmica através de programas que integrem alunos e Universidade, em seu processo formativo. A importância da criação de um órgão que trate especificamente do assunto, a COSEMA, foi elucidada por Pedro Rui. Assim como o Reitor, ele também ressaltou que o processo de recomposição vegetal e gerenciamento de resíduos do campus devem ser construídos, de forma técnico-científica, em parceria com alunos e professores da UFBA.
Uiré Penna

Em Oikos.

A Bahia está prestes a efetivar a união entre uma mineradora do semi-árido do estado, uma ferrovia e um complexo portuário marítimo. O que estes empreendimentos têm em comum? O lucrativo minério de ferro. No entanto, os impactos gerados por um projeto de grande magnitude como este não se restringe aos aspectos econômicos.
A Mina Pedra de Ferro, localizada nos municípios do sudoeste baiano de Caetité e de Pindaí, é um empreendimento que será explorado pela Bahia Mineração Ltda (BAMIN). O projeto abrangerá uma área total de 55.426 ha., na qual é estimada a retirada de 15 milhões de toneladas de ferro por ano, durante cerca de 15 anos, transformando então, a Bahia no 3º maior produtor de minério de ferro do Brasil. O EIA/RIMA deste projeto já foi elaborado e está disponível no website do Instituto de Meio Ambiente da Bahia (IMA). A geração de empregos, o aumento do PIB municipal e a proposta de criação de Unidades de Conservação estão entre os aspectos positivos gerados por este empreendimento. Mas o alerta maior surge com a análise dos impactos negativos: rebaixamento do lençol freático, captação de água do rio São Francisco, perda de flora e de fauna, alteração das qualidades do ar, da água e das propriedades químicas e físicas do solo, destruição de sítios arqueológicos pré-históricos, aspectos culturais e psicológicos a serem afetados pela população de comunidades rurais e de comunidades rurais negras tradicionais, dentre outros. Segundo o RIMA do projeto, alguns destes impactos sofrerão ação mitigatória. Mas é sabido que a maioria destes sofrerá danos irreparáveis, dos quais um dos mais preocupantes relaciona-se à diminuição da disponibilidade de recursos hídricos e de perda de área vegetada, que em conjunto com o ambiente característico do semi-árido, propiciarão a desertificação local.
Todo o minério de ferro extraído no sertão baiano será transportado pela Ferrovia Oeste-Leste até o Complexo Porto Sul, o qual será a porta de saída da exportação do produto para a China. A área pretendida para a construção do mesmo, é a Ponta da Tulha, localizada entre os municípios de Ilhéus e Itacaré. O website do IMA disponibiliza os relatórios de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), os quais incluem os riscos e impactos de ordem ambiental a serem gerados pela construção do complexo portuário numa das regiões de Mata Atlântica, até então, mais preservadas do Brasil. Segundo consta no Relatório de Implicações de Avaliação Ambiental Estratégica, de outubro de 2008, do ponto de vista ambiental, a região de Ilhéus não é propícia para a construção deste empreendimento, pois o mesmo afetará drasticamente o meio ambiente.
Os licenciamentos ambientais necessários à implantação de tais empreendimentos ainda não foram concedidos e o início da exploração do minério está prevista para o primeiro semestre de 2012, entretanto, a BAMIN já está comprando terras nas regiões de Caetité e de Pindaí. Temendo os impactos a serem gerados, mobilizações populares contrárias aos projetos Mina Pedra de Ferro e Complexo Porto Sul estão sendo organizadas nos municípios de Caetité, Pindaí e Ilhéus. Fernanda Afonso

Dia do Biólogo

O Dia do Biólogo é comemorado em 3 de setembro por ter sido esta a data em que a profissão do Biólogo foi regulamentada no Brasil, em 1979. No Instituto de Biologia, comemorou-se os 30 anos da profissão com duas palestras. A primeira “Bioenergia e Ambiente: microalgas como matéria-prima do futuro?”, da doutora Iracema Nascimento, bióloga e professora aposentada do IBio e atual professora da FTC, abordando o potencial do uso de microalgas para produção de bioenergia apontou de maneira otimista a participação dos profissionais de biologia nas ações frente a crise ambiental que vivemos. A segunda palestra, “Aquecimento global: E eu com isso?” do Prof. Dr. Asher Kiperstok da Escola politécnica da UFBA, foi, por outro lado, declaradamente pessimista, deixou claro que a tecnologia é uma das formas de reduzir a insustentabilidade ambiental, porém nenhum avanço significativo haverá se não for a tecnologia não for acompanhada de mudanças radicais no comportamento humano no que diz respeito ao consumo.
Geraldo Aquino

ENADE

O Instituto de Biologia recebeu o resultado do ENADE, em que seu curso de Ciências Biológicas obteve nota máxima, com comemoração, mas sem muita surpresa, uma vez que o curso tem exibido bons resultados em todas as avaliações anteriores do MEC. Quando ainda se chamava “provão”, o curso obteve conceito “A” nos quatro anos avaliados (2000 a 2004) e em 2005, obteve conceito 4 no ENADE. Com este resultado o curso se destaca como o 1º do Norte/Nordetes e 10º no Brasil.
A prova, obrigatório para formandos do curso, consiste de questões de múltipla escolha de conhecimentos gerais (artes, literatura, atualidades) e de conhecimentos específicos (múltipla escolha e questões abertas). Dentre os conhecimentos específicos se explora especialmente temas como meio ambiente, ecologia e educação. Para a concluinte Nazaré Macchi, as questões dissertativas que indicava um número mínimo de linhas, tornaram a prova cansativa e incluía a elaboração de um esboço de um projeto, a partir de um problema apresentado. Ainda na opinião de Nazaré, o bom resultado é produto do empenho dos estudantes e, principalmente, um excelente preparo, apesar de que “muitas vezes nós não nos damos conta de como temos um preparo diferenciado, tanto com relação aos cursos de outras instituições e mesmos de outros cursos dentro da UFBA”. A nota do ENADE só confirma isso.
Geraldo Aquino

O desafio de manter a tradição.

  Diante da ameaça de romper a continuidade de um evento tradicional e característico do Instituto de Biologia, o diretor Professor Jorge da Silva lançou uma proposta desafiadora a Lázaro Benedito e a Moema Bellintani. Os docentes foram convidados a liderarem uma comissão mista para organizar a Sembio, em tempo recorde. Resolvemos entrevistar alguns componentes dessa nova comissão para podermos saber o que os motivaram a participar da organização, quais tem sido os problemas enfrentados, quais estratégias a comissão tem lançado mão, quais as expectativas perante o evento e quais são os atrativos destaques na Semana.
A notícia da falta de organizadores para a Sembio alarmou o Instituto e motivou a nova comissão a “arregaçar as mangas”. “A ameaça de não acontecer a SEMBIO me estimulou a tomar frente mesmo quando as opiniões eram contrárias” (Rosane Santos - Infraestrutura). Nazaré Marchi, também da comissão de infraestrutura relata que “mesmo sem experiência resolvi abraçar a causa para não deixar a Sembio sucumbir”. Gilcimar Queiroz, ex-monitor de duas Semanas e atual componente da comissão de transportes e hospedagem, destaca a possibilidade de estabelecer um contato mais íntimo com professores e com profissionais de outras instituições. Para Lázaro, responsável pela coordenação geral e secretaria, a maior motivação é poder contribuir com a formação dos estudantes e com a divulgação do Instituto. “É uma oportunidade de apresentar aos estudantes de biologia a diversidade do conhecimento, além da sala de aula”. Moema Bellintani (coordenação geral, tesouraria e comissão científica) destaca a vantagem da comissão ser um grupo misto de professores e alunos, argumentando que os prós se complementam.
Dentre as dificuldades encontradas pelos organizadores, todas têm a disponibilidade curta de tempo como causa central. Com tempo curto para desenvolver, o trabalho tem sido intensivo, comenta Lázaro. “Não tivemos tempo de submeter o projeto às entidades de fomento, mesmo assim conseguimos patrocínio da CETREL e apoio do CF-BIO” acrescenta o docente.
Gilcimar destaca a não disponibilidade integral, de um carro cedido pela prefeitura de campus durante a Sembio como a principal dificuldade encontrada pela comissão que integra – o que tem sido realidade nas Semanas anteriores, segundo Eduardo, ex-integrante da comissão do evento.
As expectativas são bastante otimistas e o número de inscrito é animador. Segundo Sheila Resende (ex-aluna e atual Docente) da comissão de monitoria e tesouraria, apesar de menor, o evento será organizado.Lázaro adianta que essa Sembio deixará frutos positivos no Instituto e espera “despertar os estudantes, principalmente os mais novos, para um caminho a seguir na profissão”.
Os destaques da Semana deste ano serão a valorização da produção regional, a fusão com a Semana dos Polinizadores e a reciclagem como temática de palestras e atividades práticas. Questões atuais e importantes no cenário da biologia moderna são lembradas por Lázaro, que também destaca dois nomes de fora: Dr. Cláudio Sérgio Lisi (UFSE) e Dr. Luiz Henrique Rosa (UFOP) .
Eduardo alerta para a necessidade da comunidade estudantil de se envolver com a mobilização e organização da Sembio, com o intuito de manter vivo e renovado esse evento tão significativo.
Kathleen Deegan

Transcriptoma: Escavação profunda com RNA-seq.

RNA-Seq envolve seqüenciamento de cDNAs (DNA complementar), obtidos a partir da ação da enzima transcriptase reversa sobre RNAs mensageiros, utilizando tecnologias de seqüenciamento com alto rendimento, permitindo que o nível de transcrição de uma determinada região genômica seja quantificada a partir da densidade de leituras correspondentes. Ao contrário das abordagens com arranjos, o RNA-Seq dá uma visão abrangente do transcriptoma. Outra vantagem é a sua capacidade de fornecer informações sobre as transcrições que são expressas em níveis muito baixos.
Além de olhar para padrões de expressão do RNA, o RNA-Seq pode permitir que os investigadores descubram novas classes de RNA, detecção de mutações pontuais nos transcritos expressos, identificar fusão de transcritos, descobrir novos eventos de splicing alternativo e análise de expressão de alelos (aplicações impossíveis com outras tecnologias).
Estudos com células-tronco e células de tecidos diversos de camundongos e humanos identificaram um grande número de transcritos anteriormente desconhecidos, forneceram novas informações sobre as posições dos promotores, exons e destacaram uma enorme diversidade de transcritos que podem ser gerados por splicing alternativo em mamíferos. O estudo em células humanas identificou 4.096 splices alternativos previamente desconhecidos em 3.106 genes.

Em si, estes trabalhos fornecem muitas novas descobertas para posterior investigação. Eles também destacam o quanto temos que aprender sobre a complexidade do transcriptoma eucariótico, abrindo o caminho para muitos mais estudos em diferentes espécies e tipos células.

Alexandre Marques

domingo, 18 de outubro de 2009

Provocação positiva

Gabriel Rodrigues, de 20 anos, é um dos estudantes do curso noturno de Ciências Biológicas, que durante o ensino médio não tinha nenhum estímulo especial pelo estudo de Biologia. Em 2007, foi informado sobre o programa de iniciação científica para estudantes do ensino médio da FIOCRUZ (PROVOC) e estimulado por uma de suas professoras da área de ciências humanas, para que se inscrevesse. Assim o fez e quando entrevistado, na seleção, pela coordenadora do programa da FIOCRUZ, Dra. Patrícia Veras, sobre suas preferências escolares, indicou línguas e as da área de ciências humanas, o que lhe fez crer que não teria chances de ser selecionado, pois o programa buscava estudantes com interesse na área de ciências da saúde ou biológicas. Talvez por sua sinceridade, talvez pelo excelente desempenho escolar, acabou sendo selecionado e passou a estagiar diretamente com a própria Dra. Patrícia. Esta experiência, que durou um ano e que lhe possibilitou vivenciar a busca de soluções para a cura de doenças, despertou em Gabriel definitivamente o interesse pelas ciências biológicas, levando-o a tentar o vestibular da UFBA em 2008 no que foi malogrado. Contudo, não desistiu e no ano seguinte fez sua segunda tentativa, desta vez, para o curso noturno, pois queria ter tempo livre durante o dia para realizar estágios. Achava que o vestibular para a turma noturna teria concorrência maior que o diurno e sendo o primeiro vestibular para a turma noturna da UFBA, teria grande demanda. Estava enganado, o vestibular foi menos concorrido. E passou, certamente não por isso, mas por ter se dedicado todo o ano para a 2ª empreitada, buscando conhecer a fundo o sonhado curso. Neste período, assistiu várias palestras no IBio, inclusive da coordenadora do curso e do representante do CRBio, participou da SEMBIO e freqüentava tanto o campus que amigos que estudavam na UFBA acreditavam que ele já era um estudante regular da universidade. Agora, sim, já é um dos estudantes da UFBA. E ainda mais seguro de ter feito a escolha certa.
Apesar de gostar muito das atividades de ensino, Gabriel pretende obter habilitação de bacharel, mas independente disso, buscará as oportunidades de atuar em pesquisa, seja na iniciação científica, seja nos cursos de pós-graduação. Cedo de mais para pensar nisso? Certamente não, para quem já mostrou que tem determinação e sabe exatamente o que quer.

A universidade mais universal ainda.

Nos últimos dois anos diferentes unidades da UFBA iniciaram a oferta de cursos noturnos a reboque do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – Reuni. Dentre os novos cursos está a licenciatura em Ciências Biológicas que teve sua 1ª turma iniciada neste segundo semestre de 2009. O responsável pela coordenação desta turma, o prof. Geraldo Aquino, considera que mais importante do que receber as contrapartidas oferecidas pelo programa REUNI, a Universidade cumpre uma obrigação com a sociedade, ampliando vagas e criando cursos à noite. Em relação às referidas contrapartidas, é fato que no Instituto de Biologia, ocorreram contratações visando uma ampliação do corpo docente para dar suporte aos cursos noturnos. A profa Alessandra Schnadelbach é uma dessas docentes, já atuando na única disciplina ministrada para os calouros no IBio e declara que se sente honrada em ter ingressado na UFBA com essa missão pioneira e esse desafio. Afirma ainda que, por ser, assim como os estudantes, iniciante na UFBA, existe profunda sintonia entre ela e o grupo. Muitos dos estudantes já a procuram fora de sala de aula pensando em oportunidades de estágio em pesquisa.
Por outro lado, as contrapartidas de estrutura ainda não são sentidas no Instituto. Até o momento o Instituto de Biologia não está na lista de unidades com obras em andamento ou já licitadas. Segundo a vice-diretora, Luciana Veiga, o atraso se deu por conta do inesperado incêndio do Instituto de Química, mas o projeto de expansão deverá estar concluído até dezembro deste ano quando a universidade abrirá licitação para a construção do anexo, prevista para iniciar em março de 2010. Este projeto deverá ter como base a proposta construída pela comunidade do IB, que já foi encaminhado à pró-reitoria.
Ainda alheios às novidades da Universidade, os calouros do curso noturno vivem aquilo que é novidade para cada um deles: o sonho do curso universitário. À medida que assimilam a rotina do curso que envolve o trânsito por diferentes unidades de ensino, vão descobrindo os desafios e limitações das aulas à noite na UFBA. A falta de uma cantina que funcione à noite e o horário de funcionamento da biblioteca são umas das dificuldades enfrentadas, já que o horário mais conveniente para utilizar estes serviços é entre os dois horários de aula, por volta de 20:30h. Outra limitação é a indisponibilidade de computadores com acesso à internet, para trabalhos e consultas. Além de outras tantas expectativas, o grupo se mostra estimulado.
O perfil do curso, levantado pela coordenação, mostra que a nova turma se diferencia um pouco do perfil geral dos estudantes que costumam ingressar nas turmas diurnas. A média de idade dos estudantes é de 22 anos e destacam-se os fatos de que mais de 40% dos estudantes são provenientes do interior do estado e cerca de 66% trabalham durante o dia. Uma parcela de 36% cursava Biologia em universidade privada, e alguns foram estudantes da própria UFBA e por motivos de trabalho precisavam continuar seus estudos à noite. O grupo demonstra grande satisfação por integrar a 1ª turma do curso noturno oferecido na modalidade de licenciatura, mas 25% dos estudantes preferiam ter tido a opção da modalidade bacharelado e 46%, embora preferissem, de fato, a licenciatura fariam a segunda habilitação após a conclusão da primeira. Um dos novos estudantes, inclusive, foi motivado a submeter-se ao vestibular pela experiência de iniciação científica júnior, no programa PROVOC da Fiocruz, que possibilita o contato de estudantes do ensino médio público com atividades de pesquisa (Veja entrevista no BOX).